Durante o ano de 2020, o cenário favorável a um novo tipo de gestão, mais adequado aos novos tempos, teve ainda mais espaço. Junto ao avanço tecnológico, uma toada vinculada às soft skills, a COVID-19 veio trazer ainda mais rapidez a esse processo. E a gente explica o porquê. Mas talvez antes seja preciso explicar o que são soft skills. Vamos lá?
Em um viés tradicional, o aprendizado acadêmico ou não é voltado preparação para entrada no mercado de trabalho. Ou seja, quais habilidades técnicas são necessárias para realizar as funções desejadas em uma posição em uma empresa. Elas são chamadas de hard skills e são muito necessárias nos primeiros anos de atuação no mercado do trabalho e também em cargos menos estratégicos.
As soft skills, por sua vez, são as habilidades comportamentais. Objetivo delas é facilitar o relacionamento interpessoal. Por isso, elas não têm nada a ver sobre saber como fazer entregas, mas sobre como garanti-las. Colaboradores em cargos de liderança precisam desempenhar bem suas soft skills, assim é mais fácil motivar o time, pares e superiores a apostar em estratégias e planos disruptivos.
Citamos no início do texto que a COVID-19 e o avanço tecnológico deram ainda mais espaço às habilidades comportamentais. Entenda de onde vem a relação:
- Com o advento da Inteligência Artificial, uma tecnologia capaz de pensar e de aprender a partir das informações disponibilizadas para ela, o trabalho realizado por pessoas passou a ser substituído por máquinas inteligentes. Com isso, a habilidade de saber se relacionar com pessoas ganhou mais destaque, uma vez que parecer ser – por enquanto – um conhecimento reproduzido apenas por humanos.
- Indo ainda mais longe, é uma gestão cada vez mais distante do papel tradicional que tem participado do sucesso de empresas de tecnologia e startups, cujo papel tem sido romper barreiras. A base para esse movimento é uma gestão colaborativa, que pratica a escuta, preza pela empatia e a construção em conjunto.
- A pandemia da COVID-19 também gerou a necessidade de apoio em uma liderança mais colaborativa, capaz de ser transparente, apoiando a condição pessoal de cada colaborador. Um processo em que escutar e zelar por aspectos da vida do funcionário como um todo faz diferença para o desempenho da organização.
Soft Skill na prática
De forma abrangente, soft skill é a capacidade de se relacionar e mobilizar pessoas para um ideal, criar uma gestão colaborativa e eficaz, longe dos padrões tradicionais. Porém, para tangibilizar exatamente a diferença no dia a dia, vamos selecionar algumas tarefas que cabem a um colaborador que tem soft skills em seu perfil.
- Compartilhamento
Todos os colaboradores são parte da organização e compartilham o sentimento de pertencimento. O gestor com soft skills sabe que ser transparente com seu time é crucial para fortalecer o relacionamento e engajá-lo nas entregas. As informações não são recortadas para que o líder seja a única referência capaz de responder pelo tema. Em uma gestão assim, todos têm voz.
- Feedback
Para um gestor à vontade com as soft skills, o feedback não tem data e hora marcada para acontecer. Todo momento é uma oportunidade de evoluir e aprender. Sem a percepção de que o erro é o mais importante no processo. Novamente, escuta e empatia comandam essa experiência.
- Erros acontecem
Dentro do mesmo contexto, em gestão soft skill: obviamente, a intenção é não errar, mas quando falhas acontecem, a conversa está aberta para assumir erros e direcionar o próximo passo para aprendizado. Afinal, contratempos são inevitáveis e, portanto, nada mais natural de que saber lidar com eles no campo profissional.
- Trabalho em grupo
Construir projetos com pluralidade também é uma constante em times liderados por soft skills. Uma característica que faz total diferença para que os colaboradores se sintam valorizados na prática, fazendo diferença no dia a dia da empresa e também em projetos estratégicos.
- Olhar adiante
E tem mais: esse gestor também é capaz de fazer conexões, uma vez que seu olhar é abrangente e está sempre atento, com um olhar do todo, e torna possível criar insights junto com seu time. Além disso, a capacidade de resolver problemas também é um destaque desses profissionais.
Como adquirir soft skills?
Para quem tem o objetivo de ocupar cargos gerenciais, já precisa se preparar e desenvolver as soft skills. Obviamente, assim como nas habilidades de execução, cada pessoa tem um talento mais direcionado para determinada função. Entretanto, quem já tem as habilidades de forma mais intuitiva, assim como que não tem, precisa se aprofundar e se preparar para os desafios da função.
A melhor alternativa é aproveitar os treinamentos internos oferecidos pelas organizações e também se inscrever em cursos externos voltados para o tema para comprovar que está preparado para gerir um time a partir do viés das soft skills.
Conclusão
Se você está em começo de carreira e quer se preparar para futuras promoções ou está tentando avançar na carreira neste momento, fique de olho nas soft skills. Quanto mais distante sua posição estiver de tarefas operacionais, mais habilidades comportamentais serão solicitadas.
Afinal, quanto mais estratégico o cargo for, mais será preciso mobilizar pessoas e, para isso, é preciso saber como lidar com elas. Por isso, é importante deixar de lado as perspectivas do modelo de gestão tradicional e compreender que é preciso transitar em uma relação de construção profissional, respeitando o que há de mais humano: empatia, escuta e tolerância.
A melhor forma de se preparar é programar uma régua de cursos com foco em gestão 4.0: a nova maneira de gerenciar colaboradores em tempo de pleno avanço tecnológica.
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