Liderança no novo normal: como agir?

Liderança no novo normal

O mundo mudou e não é novidade. Foi preciso, tanto no âmbito pessoal como no profissional, escalar novas habilidades na tentativa de ultrapassar a pandemia da Covid-19. E mais que isso: provavelmente essas novas formas de lidar com nossas experiências privadas e profissionais vieram para ficar.  No ambiente corporativo, um dos grandes responsáveis por disseminar esse novo jeito de se relacionar com o trabalho são os gestores. E a pergunta a se fazer é: sua empresa já tem uma liderança no novo normal?

Em um mundo em desajuste e em mudança constante, que escancara a ausência de respostas e controle, o líder passou a ocupar dois espaços significativos: o de exemplo de quais são as práticas adequadas para este momento e também o de como se movimentar diante dele. Nesse caso nos referimos à capacidade de distinguir as necessidades que a pandemia gerou nas organizações.

Não existe fórmula mágica ou respostas prontas: as habilidades dos líderes podem até permanecer as mesmas de antigamente, mas sai à frente quem tem o discernimento de usá-las em um contexto diferente, que pede algumas mudanças. Por exemplo, a comunicação sempre foi fator indispensável à liderança, mas, agora, além de vinculada à transparência, ela ganhou um tom a mais: a segurança. 

Em um mundo completamente novo e sem o aparente controle, é preciso transmitir segurança para que times possam continuar a desempenhar suas funções e evitar que as experiências caóticas que a pandemia gera sejam o guia do trabalho. Acompanhe!

De dentro para fora: líderes no novo normal

As empresas não podem parar. Para garantir que possam sempre continuar suas atividades, mitigando riscos, as organizações contam um time especialista para pensar em riscos e organizar alternativas para que a corporação continue de pé. O mapeamento vai de: desastres naturais – como terremotos, enchentes –, a acidentes como incêndio e até pandemias.

Provavelmente, preparar líderes para esses momentos também pode passar a ser uma nova preocupação das empresas. Afinal, o fator humano é aquele que mantém a engrenagem de pé e precisa de cuidados quando momentos delicados e completamente novos, como o que vivemos, se apresentam.

Mas como tratar disso enquanto vivemos a pandemia de Covid-19?

O meio não é absolutamente original diante do quadro que estamos: a aprendizagem digital. Porém, antes de realizar treinamentos de forma indiscriminada, é importante refletir em um projeto que faça sentido para o agora.

Por isso, é importante investigar quais são as lacunas que precisam ser preenchidas e fortalecer a liderança nesses aspectos. O contato com os colaboradores pode ser uma saída para levantar quais são esses pontos.

Também é importante que esse programa de treinamento reforce que as capacidades já conhecidas precisam ser trabalhadas para o novo momento. Caso contrário, as medidas não surtirão efeito. É sempre importante lembrar na diversidade da liderança e ajustar necessidades: há aqueles que, de forma intuitiva, estarão mais adequados aos novos papéis, enquanto outros precisam ser preparados para isso.

De fora para os outros: como lideram no novo normal

Da mesma forma que as atividades de trabalho podem ser operacionais e estratégicas, as preocupações em liderar também podem ser divididas nesses mesmos aspectos. Uma pensada no dia a dia e outra focada em momentos importantes.

Liderança no dia a dia

  • O trabalho em casa tem deixado ainda menos claro os limites entre trabalho e vida pessoal. Como atuar nesse novo contexto? Os caminhos ainda estão sendo trilhados, entretanto, os direcionamentos do líder são fundamentais para que os colaboradores saibam como agir em situações que podem se tornar desconfortáveis. Prezar pelo bem-estar do funcionário é um dos fatores que fazem a diferença na liderança no novo normal e mais: pode ser um ponto decisivo para a permanência na organização.
  • Promova pausas no trabalho. A pausa para aquele cafezinho, com os colegas de time, que ajuda a descontrair e dá espaço para recomeçar o trabalho não acontece mais. Entretanto, pensando ainda no bem-estar do funcionário, incentive-o a dar pequenas pausas. O resultado pode ser mais produtividade.
  • Oriente para que a hora-extra seja exceção. Tente limitar o horário de trabalho para que o funcionário tenha tempo para si mesmo durante a semana e cuide da vida pessoal.

Como criar uma liderança no novo normal

 

1 – A flexibilidade é importantíssima para se adequar à pandemia da Covid-19

Elasticidade para ultrapassar os desafios que a vida apresenta e também para repensar decisões. O bom líder de agora precisa estar aberto à mudança. Estar ciente, mais do que nunca, que nada é definitivo e tentar, o máximo possível, estar confortável a se desfazer de crenças e se adaptar.

2 – Habilidade digital. As relações pessoais ficaram restritas ao âmbito familiar e as demais acontecem pela via digital

É preciso estar atento a como transmitir familiaridade, empatia e conexão por meio dessas novas ferramentas. Agora, elas são responsáveis por gerar a relação criada a partir do olho no olho.

3 – Integridade

Quando há tanta instabilidade no mundo, a figura do líder precisa ser o oposto disso. Ele precisa ser reconhecido como alguém íntegro, verdadeiro. Alguém com quem se pode contar para saber a verdade de uma situação.

4 – Um bom líder é disruptivo!

Ao se ver em uma nova situação, ele pode facilmente se desprender das competências tradicionais e ir ocupar novos lugares e necessidades. O apoio da empresa nessa transição é fundamental para que a etapa seja concluída.

5 – Profissionalismo e empatia são as chaves para manter as entregas e suprir as necessidades dos times

O equilíbrio entre elas é o grande feito da liderança no novo normal.

Novos tempos: nova forma de ser

A liderança no novo normal tem muitos desafios. O desenvolvimento de novas habilidades, agora voltadas para um contexto para o qual não havia preparo, é um diferencial.

Profissionais que se adequam a elas de forma mais rápida e fluida podem ajudar as empresas a garantirem seu desempenho sem grandes surpresas. Porém, além das entregas, os novos líderes precisam estar atentos a habilidades de comunicação e de relação para darem conta das necessidades pessoais de seus colaboradores.

É apenas com esse equilíbrio, cuidando das pessoas e das empresas, que o novo normal fará sentido.

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