Se você chegou até este artigo, já deve ter ouvido falar da gamificação nas empresas e de seu poder na capacitação profissional, certo?
Além do aspecto lúdico e de estímulo a competitividade, inserir elementos de jogos no contexto dos treinamentos empresariais ajuda a disseminar o conteúdo, aumenta a retenção e potencializa a comunicação interna.
Porém, nem tudo são só vantagens. Ao implementar a gamificação, você pode escorregar em erros cruciais, antes, durante e após a aplicação dos projetos.
Por isso, neste artigo você conhecerá quais são essas falhas na estratégia e por que você deve evita-las.
- Deixar tudo na mão da tecnologia
Apesar de gamificação ser considerado um termo moderno, você não deve aportar todas as intenções nos recursos apresentados em softwares. Trabalhar com gamificação é, acima de tudo, desenhar uma boa estratégia. Ou seja, de nada adianta ter pontuações chamativas ou integrações com outras ferramentas, se os elementos não engajarem de fato os participantes.
- Ignorar o aspecto pessoas
Bom, se a intenção ao implementar a gamificação é engajar as pessoas, desenvolver habilidades e melhorar o clima organizacional como um todo, você precisa humanizar os processos. Procure ofertar dinâmicas aderentes à realidade dos colaboradores, com situações que remetem ao dia a dia de trabalho, por exemplo. Adquirir fórmulas prontas, como o simples Points, Badges and Leaderboards (termo da gamificação para pontos, conquistas e painéis de liderança), pode ser um tiro no pé.
- Achar que todos estão prontos para os novos estímulos
Em qualquer empresa, existem diferentes perfis de profissionais e equipes. Alguns podem encarar a novidade da gamificação como algo sensacional. Outros, podem ter muita resistência. Por isso, uma dica é atrelar os novos elementos dos processos pouco a pouco, como complemento, para, assim, eles serem introduzidos lentamente à rotina dos treinamentos, aumentando a sua aceitação ao longo do tempo.
- Investir só porque é descolado
No papel do profissional de treinamento, é difícil não se empolgar com uma novidade que você julga ser bem interessante para os resultados da empresa. Mas a verdade é que nem sempre o que é, em tese, divertido e moderno, será bem aceito e auxiliará no aumento da produtividade dos funcionários. Procure escutar as pessoas, antes de implementar elementos de gamificação, para, aí sim, decidir investir ou não na estratégia.
- Encarar o gamification como uma estratégia isolada
A gamificação chegou para ser um complemento a todo o pacote de um bom treinamento. Seu sistema de recompensas, colaboração e estímulo à competitividade são importantes, mas não funcionam isoladamente. Você deve sempre conectar os elementos ao dia a dia da empresa e, também, às trilhas de aprendizagem que já aplica.
- Enaltecer os vencedores
Claro que, no contexto de um jogo, existem ganhadores e perdedores. O ponto aqui é que a gamificação não pode estimular uma competição insalubre no ambiente de trabalho. Por isso, foque no aprendizado dos colaboradores. Pense que mesmo aqueles que não estejam no topo da pontuação também absorverão algo de positivo. Independentemente de vitórias ou derrotas, o foco deve ser no conteúdo da mensagem.
- Esquecer da emoção
Um jogo por si só deve ser lúdico e remeter a momentos de emoção, certo? O apelo emocional na implementação da gamificação é primordial para o seu sucesso. Por isso, nunca se esqueça de atrelar aos nossos elementos situações importantes do dia a dia de trabalho. Você pode criar alguma dinâmica que envolva uma promoção, uma viagem de férias ou até mesmo o papel de liderança de um projeto. Conquistas virtuais que não signifiquem algo para a realidade do profissional tendem a não funcionar tão bem.
- Não estipular um período para execução
Por mais que você possa pensar que os elementos de jogos são legais e, por essa razão, todo mundo irá participar, isso não é verdade. Ou seja, não é por ser uma característica divertida de um treinamento que a gamificação terá total atenção dos alunos. Estipule um tempo do dia para dar atenção à gamificação do treinamento e explicar para os participantes, garantindo a regularidade de todos.
- Não engajar a liderança
Alguns gestores podem achar estranho que seus subordinados estejam competindo, juntando pontos e se divertindo durante o expediente. Portanto, é papel de T&D elucidar os propósitos da gamificação para a liderança, apresentando todas as vantagens que a empresa terá no curto prazo.
- Exagerar nas recompensas
Cuidado ao ofertar recompensas exageradas ou constantes. É que banalizar esse reconhecimento pode desmotivar os profissionais ao uso da gamificação como melhoria das habilidades e competências.